segunda-feira, 16 de março de 2015

Dire Straits e Seu Lendário Primeiro Álbum: Mas afinal o que é Rock n Roll?

Nota do Editor: Antes de iniciar o texto de hoje gostaria de apresentar o nosso novo integrante do projeto O Som na Cidade, trata-se do meu amigo e companheiro de banda Jônatas Siqueira, mais um apaixonado por música, e com um bom gosto incrível, vem pra somar e já na sua "estreia" trás um texto sobre o primeiro disco do Dire Straits. Seja muito bem vindo brother!

Por Jônatas Siqueira



1978, Reino Unido, numa época em que as guitarras distorcidas, as vozes agressivas, batidas eufóricas reinavam nas paradas de sucesso dos jovens naquele ano. Bandas como Scorpions, Black Sabbath, Peter Frampton, Queen, Judas Priest no auge, Van Halen surgindo, Led Zeppelin no fim de carreira, bandas estas que tem em comum seu som agressivo, solos presentes. Uma época bem rica pra música assim como pro rock.

Em meio a esse buruçú uma simples banda surge, indo na contra mão da moda, fazendo tudo o contrário e que deixou uma dúvida na mente dos que viviam na época e também nas nossas em pleno século XXI. Ela se chama Dire Straits, liderada por Mark Knopfler, banda que quebrou os scripts trazendo um som leve, guitarras limpas, vozes graves e serenas, batidas swingadas, calmo, leve e tranquilo... Ela é uma banda de rock! E agora José? O que é rock? Tirem suas próprias conclusões! Filosofem! :)

Irei mostrar abaixo o primeiro disco dos caras! Dire Straits, disco homônimo de estreia, gravado em 1978. Meu intuito não é dissecar o álbum, mas mostrar a sua relevância pro cenário da época.


Pra começar, a capa esse disco é simples, uma foto artística sem desenhos malucos e no verso a foto dos integrantes e nada mais. Inovação seria a palavra ideal para descrever a contribuição deste álbum a música. Trazer o swing ao mundo do rock, fazer as pessoas dançarem ao soul music, bem lembrados em músicas como Sultons of Swing, Southbound Again. Um elemento que pra época não era normal, misturar batidas e estilos de vidas diferentes, unir pessoas com um som acessível a todo público. Isso foi bem feito nesse álbum.





Outro fator percebido é trazer uma pegada country, aquele clima de sertanejo, lembrando as palhetadas de banjo do Texas, muito bem usadas por Mark Knopfler, notadas nas músicas Six Blade Knife, Wild West End, Water of Love. Outro ponto observado é a fantástica performance de Mark Knopler (guitarrista solo) e John Illsley (baixista). Sem seus riffs e levadas as músicas não ganhariam vida, seriam simplesmente quatro instrumentos fazendo um som harmônico.

As linhas de baixo do John trazem aquele ânimo, a vontade de pular do sofá e dançar todas as músicas (confesso que fiz várias vezes), em destaque na música Down to the Waterline. Destaque também a um dos maiores guitarristas de todos os tempos, Mark Knopfler. Nada de riffs pesados, palhetadas alternadas em grande velocidade, fritadas, nada de distorção!

Pura guitarra ligada no amp, limpa! Sem falar nos solos com uma tonelada de swing e feeling. Por fim, uma música que merece um destaque especial é Sultans of Swing. Uma síntese deste álbum incrível, trazendo um novo norte pro rock, fugindo das bandas "barulhentas" e nos mostrando um caminho mais light. Música que ninguém fica parado, no mínimo sem deixar de bate o pé o chão.

Me despeço deste primeiro post agradecendo a todos e deixando para vocês uma versão "alternativa" de um clássico do Dire Straits que já mandou uma das maiores músicas da sua carreira já no primeiro álbum, Sultans of Swing.









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